Populares das localidades Várzea e São Pedro, zona rural de Quiterianópolis, se reuniram, por volta das 13h dessa quinta-feira, 11, para impedir que a empresa Maciel Construções desse continuidade à obra de construção de um bueiro, localizado entre aquelas duas comunidades, na CE 351.
É que os operários que trabalham na obra de asfaltamento da CE já estavam iniciando a colocação de um material que serviria de base para o asfalto sobre o bueiro. Só que a população não aceita que o serviço do bueiro seja concluído, sem uma alteração que possa mudar a capacidade de vazão daquela estrutura.
Os moradores alegam que se o bueiro for feito daquela forma não despachará a água no período de enchentes do rio Poti e sempre causará inundação de plantações e alagamentos em residências.
O senhor Edivan Vieira relata que no período das fortes chuvas, no mês de março, o material carreado pela água do Poti entupiu os bueiros (espécie de comportas) e causou alagamentos em diversos locais na margem da estrada. Ele alerta que é preciso fazer uma ponte, com aberturas com dimensões maiores para o material carreado passar, sem empancar. “Desse jeito ai não despacha a água porque os balseiros (troncos de árvores) entopem os bueiros. Aqui é baixo. São dois metros [altura], se fosse três ou quatro metros despachava a água”, explicou.
A moradora da localidade Várzea, Antônia Loiola (Toinha) comenta que se o bueiro for concluído da forma que está prevista, em períodos de grandes enchentes, o rio poderá mudar seu percurso natural e alagar diversas casas. Senhora Toinha também destaca que somente uma ponte será suficiente para dar vazão a água no período de fortes chuvas. “Ali não é lugar para construir bueiro não, ali tem que ser é uma ponte”, reforçou.
O engenheiro responsável pela obra, Genário Júnior, estava presente e tentou convencer a população a deixar as máquinas trabalharem, colocando o material sobre o bueiro, mas os populares foram irredutíveis e alguns manifestantes estavam até com os ânimos um pouco alterados.
Genário pediu calma à população e desistiu de colocar as máquinas para trabalhar no local, por enquanto. Ele conversou com nossa reportagem e informou que vai entrar em contato com a Superintendência de Obras Públicas (SOP), comunicar o fato e aguardar um posicionamento do órgão.
Cícero Lacerda
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